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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Festival Internacional de Poesía de Medellín

 

EUFRASIO GUZMAN

( Colômbia )

 

Nasceu em Medellín, Colômbia, em 1951. 
Livros de poesia publicados:  De la navegación (2003),  Respiración de la casa (2008).

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

MUESTRA POESÍA EN MEDELLÍN 1950-2011. Medellin, Colombia: Editorial Lealon, 2011. 383 p.    ISBN 978-958-44-8484- 0.  
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

EL ALMA DESCUBIERTA

No ya dios, autoridad y juez
mejor
mis deseos, febriles animales
mis sueños, fieras y saltimbanquis
la superficie y el fondo de un agua
antes quieta y remansada
ahora activa y serena.
El castor ha construído
todos los diques y necesarios escapes.
El águila ha ganado a pluma y viento
el horizonte de montañas y vales.
Las anguilas, los salários
felinos, equinodermos, nutrias, focas
circo y zoológico subterráneos
emergen, se hacen fiesta
agitado balanceo de la cola
en la piscina de la casa de campo.
El agua fluye y la corriente salta
la piedra es recubierta de un halo de agua
cristalina y turbulenta
registro visible y duradero
del alma descubierta en los pasos animales.

 

UNA VOZ EN LA ALGARABÍA

La humanidad, según algunos
se eleva como un árbol
pero casi siempre se perde
en el sordo rumor
de la vegetación y la carne
creciendo, devorándose
permaneciendo en la algarabía
horizontal, subterránea.

El ángel contenido en nuestro cuerpo
ascende en fugaces instantes
en la torre que nos lleva
del corazón al cielo
pero termina
casi todos los días
cansado, aturdido, expectante.

Y sólo basta una voz
en medio del bullício
para romper el imperio del grito
abrir una trégua
para decirle de nuevo al espíritu
habla, te escucho
un hilo de agua, un eco palpitante
me ha llegado
¿Dónde están tus palabras?

 

OLVIDO

Al parecer cuando se va el amor
ya no ascende
ni vibra en el pecho
esa medusa hirviente
que antes nos secuestraba el aliento
esporas y arenas secas
caen con las horas
descienden al vaso del olvido.
Carnosas hojas de antes
se vuelven filamento, detritus
nervadura que la memoria llena
con losa pavesas de lo ido
peso del tiempo
implacable enemigo
consume, devora.

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA

A ALMA DESCOBERTA

Não mais deus, autoridade e juiz
melhor
os meus desejos, febris animais
meus sonhos, feras e saltimbancos
a superfície e o fundo da água
antes quieta e arremessada
agora ativa e serena.
El castor construiu
todos os diques e necessárias fugas.
A águia ganhou a pluma e vento
o horizonte de montanhas e vales.
As enguias, os lagartos
felinos, equinodermos, lontras, focas
circo e zoológico subterrâneos
emergem, tornam-se festa
agitado balanço de rabo
na piscina da casa de campo.
A água flui e a corrente salta
a pedra é recoberta de uma auréola de água
cristalina e turbulenta
registro visível e duradouro
da alma descoberta nos passos animais.

 

UMA VOZ NA ALGAZARRA

a humanidade, conforme alguns
se eleva como una árvore
mas quase seempre se perde
no surdo rumor
da vegetação e a carne
crescendo, devorando-se
permanecendo na algazarra
horizontal, subterrânea.

O anjo contido em nosso corpo
eleva-se em fugazes instantes
na torre que nos leva
do coração ao céu
mas termina
quase todos os dias
cansado, aturdido, expectante.

E basta apenas uma voz
no meio da confusão
para romper o império do grito
abrir uma trégua
para dizer-lhe outra vez ao espírito
fala, te escuto
um fio de agua, um eco palpitante
me alcançou
Onde estão tuas palavras?

 

 

ESQUECIMENTO

Ao parecer quando se afasta o amor
já não ascende
nem vibra no peito
essa medusa fervente
que antes nos sequestrava o hálito
esporas e areias secas
caem com as horas
descendo ao vaso do esquecimento.
Carnudas folhas de antes
transformam-se em filamento, detritos
nervura que a memória enche
com as achas do ido
peso do tempo
implacável inimigo
consome, devora.

*

 

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Página publicada em maio de 2022


 

 

 
 
 
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